Puerpério Emocional e Suas Causas

Puerpério Emocional e Suas Causas

O pós-parto realmente é um momento da vida da mãe que exige um cuidado maior e uma atenção redobrada, o risco de infecções ou alguma complicação pode ser grande se não tomar as medidas aconselhadas pelos obstetras. Porém, há um detalhe muito importante enfatizar que muitas mulheres passam no período do puerpério e quase não comentam ou não são alertadas durante a gravidez: puerpério emocional.
 
Essa situação ocorre quando a mãe entra em um estado de solidão, de fraqueza e um sentimento de abandono, coisas que podem arrecadar ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos, o que é nada saudável principalmente pelo fato de ter uma pequena vida totalmente dependente dos seus cuidados e da sua estabilidade emocional para se desenvolver e te ruma boa saúde.

 

Quando ocorre o puerpério emocional?

 

Esse momento do pós-parto é delicado, precisa ter muita paciência e empatia nesses momentos para compreender tudo que uma mãe está passando.
 
O ocorrido vem de acordo com a frequência de atenção, de preocupação, de ajuda e apoio para a mais nova mãe. Se você acabou de passar por um processo de parto, é mãe de primeira viagem, é obvio que vai precisar de apoio e muito ajuda, o que desencadeia a sensação de abandono e tristeza quando essa ajuda não aparenta ser oferecida.
 
Geralmente esse momento emocional se inicia no 5º dia de vida do bebê, quando você já estiver dentro da sua casa e perceber que a partir daquele momento será você por você. Claro, seu parceiro pode sim ajudar, segurar o bebê para você fazer algo que precise, mas ele também precisa trabalhar para oferecer um bom sustento para você e o mais novo membro precisando deixar vocês a sós por um momento no dia. E talvez, as pessoas que você pense em pedir ajuda nem sempre vão poder ir te visitar para dar uma força, causando aquela sensação de desespero e não saber exatamente o que fazer.

 

Quais são as principais causas que desencadeia o emocional durante o puerpério?

 

Os principais fatores para desencadear essa sensibilidade no emocional da mãe são:

– Falta de apoio;

– Indisponibilidade amigável;

– Afastamento de amizades;

– Ausência da família;

– Momento de desespero.

O momento do nascimento do bebê é muito único, tudo se torna novo, a mãe acaba se tornando uma propriedade exclusiva do bebê, o que pode acabar afetando muito no seu sistema emocional de psicológico se todos aqueles que estavam em sua volta antes se afastarem ou não entrarem em contato para saber como ela está ou se precisa de algo.

Lembre-se que, além do bebê, uma mãe também nasceu e precisa ser cuidada. Então, se caso não for você a mais nova mamãe, procure ajudar no que for possível e dar assistência sempre que puder para esses sentimentos ruins não a afetar.

 

Por que o emocional continua sensível após o nascimento do bebê e no período de resguardo?

 

A gravidez mexe muito com os hormônios e o sistema imunológico da gestante. Quando você vive uma gravidez é muito nítido perceber todas as mudanças de humor e afetivas que surgem no decorrer das semanas, certo.

Quando o bebê nasce, os hormônios e o emocional ainda estão acostumados com as mudanças que a gravidez causou em seu corpo, seja elas psicológicas, emocionais ou físicas, e leva um tempo até voltarem a sua matriz, ao natural de todas as mulheres. Por esse motivo, mesmo no período puerpério a mãe continua muito sensível e um pouco desestabilizada, se sentindo até sem apoio ou sozinha, pois os hormônios ainda estão em grande escala e a sensibilidade muito aguda podendo causar muitas emoções facilmente nas mães durante os 30 primeiros dias de vida do pequeno. Depois desse período, o organismo volta a sua matriz natural e a sensibilidade acaba se estabilizando.

 

A falta de rotina pode ser uma das causas do puerpério emocional?

 

Sim, pode afetar de alguma forma o seu sistema emocional. Como antes e durante sua gravidez muitas coisas teve que ser mudada na sua rotina, muitas emoções teve que ser suportadas e repouso quase sempre presente na maioria dos seus dias, ter uma rotina após o nascimento do pequeno sem ser planejada e deixar tudo fluir naturalmente como algumas mães podem decidir, infelizmente pode colaborar com uma piora no emocional e até correr o risco de ter uma crise por não saber ao certo o que deve fazer ou tentar planejar o dia seguinte assim que se prepara para dormir.

Para que você fique mais tranquila e não venha ocorrer o risco de ter surtos repentinos como picos na ansiedade ou de pânico, já comece a planejar sua rotina ainda quando o bebê estiver no forninho! Compre um planner naquela lojinha do lado da sua casa ou em alguma papelaria e já comece a pensar em suas tarefas futuras, seus momentos e responsabilidade com o bebê, suas dietas, exercícios para melhorar a recuperação do pós-parto,  e o que você achar que deve ser necessário listar.

Pesquise sobre cuidados com recém-nascidos, o que pode ou não ser feito durante seu resguardo, às atividades que você pode fazer durante o puerpério, uma rotina bem dividida e organizada para que tudo possa ser realizado e você consiga manter a calma e o equilíbrio. E se for preciso, inclua a ajuda do seu parceiro e faça dele o seu maior apoio durante esse processo delicado que você estiver passando.
 
Evite deixar as coisas para última hora ou simplesmente não se preocupar com um planejamento, isso pode ser prejudicial para seu emocional e não colaborar muito para sua estabilidade. Eu sei que a preguiça vai chegar, vai ter dias que você vai querer só ficar deitadinha com o bebê é não fazer quase nada, e isso está totalmente certo se for feito de vez em quando, mas é sempre bom incluir algumas atividades para distrair a mente!

O sentimento de incapacidade também pode colaborar para a piora do puerpério emocional?

 

Se sentir incapaz de cuidar de um pequeno ser tão indefeso é algo natural e muito comum de acontecer na vida de uma mãe, principalmente quando ela é de primeira viagem, o medo de não saber cuidar ou do que o bebê irá precisar acaba causando um pequeno desespero interno e pode deixar a ansiedade mais aguda ainda.
 
Para que esse pensamento não seja mais uma grande dessa queda emocional, tente ser o mais positiva possível, desabafar com seu parceiro e ouvi-lo, tentar respirar fundo e fazer as coisas com mais calma e tranquilidade, tudo no seu tempo e no seu momento.
 
Tente sempre espanta esse pensamento quando ele vier e se não resolver, pense em algo para se distrair; brinque com o pequeno, faça uma comida gostosa e rápida para você comer enquanto seu pequeno tira um cochilo. E se você quiser assistir vídeos e tutoriais na internet sobre os assuntos que mais lhe assustam, pode ter certeza que será uma grande fonte de ajuda.
 
Não precisa se desesperar, ok? Saiba que tudo vai dar certo e você vai saber cuidar do seu pequeno ou da sua pequena como ninguém!